“Meu Deus, tu és o Deus da primavera,
O que faz florescer, o que faz crescer.
Será que é mesmo necessário que sejamos “pequeninos”
Para que tu sejas todo-poderoso?
“Pobres pecadores”,
para que tu sejas misericórdia?
Não é suficiente que estejamos nus, para que tu brilhes,
Que estejamos vazios, para que tu sejas tudo?
Tu não és um Deus que desconfia das mulheres,
Que canoniza os santos e queima as feiticeiras.
Tu és belo e amas a belezaEu orei a ti, com freqüência,
Meu Deus, Para que me livrasses dos deuses que acusam
Que desprezam e fanatizam...
E tu me enviaste a primavera: a amendoeira floresceu.
Respirei o grande dia e a grande noite,Reconheci teu sopro no jardim,
Tua brisa à beira do lago.
Tu me ensinaste que rezar mais é respirar melhor.
Ainda não sei se és o Deus dos amantes,
Se fores aquele que ama em todos os que amam.
Amo-te sem te ver, sem te tocarE, no entanto, sei que me destes olhos para ver e braços para abraçar.
Um dia talvez, em cores oceânicas,
Um homem virá para te dar um semblante e abençoar a terra na oferenda de meu corpo;
Então, eu te amarei, meu Deus como as mulheres amam,
Como as crianças, Como a tempestade E nos tornaremos Um.”
(Fonte: extraída do livro "O Romance de Maria Madalena , uma mulher incomparável", de Jean-Yves Leloup)
Salve a cigana Maria Madalena. Arriba povo cigano!
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