Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador História. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os Ciganos Idosos


Tradicionalmente, os mais velhos de um clã (grupo de ciganos), são muito respeitados, pois ele têm muito a ensinar aos mais novos, principalmente o sofrimento e a sobrevivência nessa Terra.
Os idosos sempre têm lugares de destaques nas festas. e também são essenciais para solucionar problemas do Clã.
Os mais novos sempre beijam as mãos do mais velhos em sinal de respeito. uma tradição que ultrapassou o tempo e permanece até os dias hoje em todos os grupos de ciganos.
Isso é o que chamo de respeito ao próximo e respeito a sabedoria que nos é transmitida. Uma tradição digna de ser seguida e copiada por todos os povos, independente de suas raízes.

domingo, 7 de novembro de 2010

A Criança Cigana


Uma criança, para os ciganos, simboliza a perpetuação, a renovação e a multiplicidade, pois jamais uma deve ser como a outra e a soma de todas elas é que dará o verdadeiro sentido dessa palavra tão simples no seu contexto, mas tão importante no seu significado final. Em cada uma delas reside a esperança da chegada de um Rei ou de uma Rainha.

Assim, quando nasce uma criança, quem a visita leva um presente útil e um presente simbólico, que, ao recebê-lo, a criança pode começar a usá-lo imediatamente, sem a necessidade de maiores preocupações.
Segundo os ciganos, cada criança que nasce, tem o seu destino e isso não pode ser mudado mas, pelo contrário, incentivado, pois cada uma delas pode significar a solução que todos nós vimos procurando.
Assim, a cada nascimento, a palavra-chave é a esperança de um novo tempo e de uma mudança. Mudança na qual os ciganos depositam toda a sua esperança.
O dia da semana de cada criança que nasce é muito importante e deve ser celebrado de modo especial. Para isso, existe uma convenção para cada dia, coisa que deve ser seguida sem maiores preocupações, porque o que está em jogo é o futuro da criança e não de seus pais.
Para isso, conforme o dia do nascimento, é providenciado um talismã de ouro, posto em seu pescoço pela madrinha, com um colar no mesmo metal. São os seguintes esses talismãs, conforme o dia do nascimento de cada criança:

Se for do sexo masculino:
01 - uma flor - 02 - uma âncora - 03 - uma seta - 04 - um machado - 05 - um morcego - 06 - uma abelha - 07- um sino - 08 - uma ave - 09 - uma borboleta - 10 - um castelo - 11 - um gato 12 - uma espiga de trigo - 13 - uma romã - 14 - uma cornucópia - 15 - uma concha - 16 - uma lua crescente - 17 - uma lua minguante - 18 - uma lua nova - 19 - uma lua cheia - 20 - uma cruz - 21 - uma coroa - 22 - um cão - 23 - uma pomba - 24 - um dragão - 25 - uma águia - 26 - um olho - 27 - um leque - 28 - uma pena - 29 - uma flor - 30 - um sapo - 31 - um gafanhoto.

Se for do sexo feminino:
01 - uma mão - 02 - um martelo - 03 - um coração - 04 - uma ferradura - 05 - uma chave - 06 - uma folha - 07 - um cogumelo - 08 - uma fênix - 09 - um abacaxi - 10 - um arco-íris - 11 - um escaravelho - 12 - uma serpente - 13 - uma concha - 14 - uma aranha - 15 - uma espada - 16 - uma lança - 17 - um punhal - 18 - um raio - 19 - uma tocha - 20 - uma tartaruga - 21 - um abutre - 22 - uma jóia - 23 - um círculo - 24 - um quadrado - 25 - uma onda - 26 - um copo - 27 - um vaso - 28 - uma caixa - 29 - um sol - 30 - uma lua crescente - 31 - um pé.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Bandeira Cigana

A Bandeira Cigana, nas cores azul, verde e vermelho, foi aprovada em 1971, em Londres, Inglaterra, no primeiro Congresso Mundial Cigano e passou a ser o símbolo internacional de todos os ciganos.
O azul representa o céu sobre nossas cabeças e o valores espirituais.
O verde, representa a natureza, a terra, o orgânico, o crescimento e as matas pelos quais muitos caminhos foram abertos pelos ciganos.
A roda vermelha, no centro da Bandeira, representa a roda indiana, Samsara*, mantendo assim, vivo o vínculo com o (suposto) país de origem dos ciganos. A roda da bandeira cigana semelhante a roda do vurdon**, tem 16 aros e significa a evolução do consciente com os mundos superiores.
*Samsara--> sânscrito - literalmente significa, viajando. O ciclo de existências, uma sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários modos de existências.
**Vurdón--> romanês ou romani, dialeto cigano, significa carroção.

domingo, 25 de abril de 2010

A Cultura Cigana

É interessante nos aproximar da cultura cigana através da dança e da música. Os signos demonstram o ritmo da vida na magia da dança cigana. O espírito cigano está no interior de qualquer mulher que souber buscá-lo. A dança cigana é sedutora e se transforma em um sedutor convite a todos os gadjôs (não ciganos) que queiram desperta seu fogo interior. Com olhos profundos numa expressão de luz, palmas, imaginando uma jornada no tempo. Como uma dança espiral, perfeitamente balanceada coim elementos flamencos. Entre o sagrado e o secular, fazendo da cultura cigana uma grande festa, para os ciganos e gadjôs, esperando do futuro, a união de todos os povos.

A Origem dos Ciganos

Um grande rio corta a região Noroeste da Índia, onde fica, hoje, o Paquistão. Seu nome é Indus e das suas margens partiu, expulsos por invasores árabes há quase 03 mil anos, um povo amante da música, das cores alegres e da magia. Esta, pelo menos, é uma explicação dos estudiosos para a origem dos Ciganos (existem muitas outras explicações). E o que fundamenta essa afirmação, é a grande semelhança do Romanês (ou Romani - idioma falado pelos ciganos) com o Sânscrito (o idioma clássico indiano). O que não se sabe ainda ainda, é se esses eternos viajantes pertencem a uma casta inferior dentro da hierarquia indiana (os pairas), ou se eram orgulhosos Raiputs (uma casta aristocrática e militar). Independete de qual fosse seu status, a partir do êxido do Oriente, so Ciganos se dedicaram com exclusividade de cavalos, saltimbancos, comerciantes e praticantes das artes divinatórias. Por onde passaram, ganharam fama de que tinham horror à agricultura. Viajavam sempre em grandes carroções coloridos e criaram nomes poéticos para si próprios, como por exemplo: Filhos das Estrelas, Irmãos das Águas, Viajantes do Vento e Povos das Estradas, entre outros.